Muito “oba-oba” cercava esse novo filme de terror. A campanha de marketing, o boca-a-boca em que o filme era comparado a “Bruxa de Blair” e os trailers intrigantes causaram grande expectativa, tanto que o filme se tornou o mais lucrativo da história, ao arrecadar mais US$100 milhões quando só custou US$ 13 mil para ser realizado. Nesse fim de semana pude conferir essa nova sensação do terror independente e posso dizer que é só “oba-oba”, pois o filme não é nenhum pouco assustador. Na verdade, não é sequer bom.
Fazendo um paralelo com o sucesso independente de 1999, percebemos que este filme e aquele dos jovens perseguidos pela bruxa na floresta têm muitas similaridades. Ambos foram lançados como se tratassem de filmagens reais, quase sempre em primeira pessoa, também há a aposta no terror psicológico, onde nunca se vê aquilo que os persegue, somente se escuta e sente. Entretanto há uma diferença crucial entre os dois filmes e é aí onde reside o maior problema de “Atividade Paranormal”.
Na “Bruxa de Blair”, a atmosfera de tensão era constante e foi crescendo até atingir um nível insuportável no final do longa. É um filme que não só assusta, mas que pertuba. Já nesse novo exemplar do gênero, nada soa muito plausível. O ritmo da história não é bom e os momentos de tensão são tão poucos e rápidos que fica difícil manter a tensão nos espectadores. Salvam-se poucas cenas, como a da garota arrastada pela perna, ou a das pegadas bizarras no chão.
É uma pena que o conceito desse filme não tenha sido tão bem explorado. Se as situações tivessem sido mais bem desenvolvidas e o casal de protagonistas não fosse tão forçado, poderíamos ter um terror psicológico de primeira. Entretanto, sem esses fatores a favor, ficamos somente com um filme bem chatinho.
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