Um dos filmes mais concorridos do Festival de 2009 foi o novo de Pedro Almodóvar. Quando fui comprar meus ingressos, já fui meio conformado de que esse eu não conseguiria ver. Entretanto, ao chegar à central de vendas, “Abraços Partidos” tinha acabado de ser liberado para venda e, ironicamente, fui um dos primeiros a garantir o ingresso.
E, após tanta espera, pude confirmar que o filme é bom. Acho as histórias dos filmes do “Almodóvar dramático” bastante envolventes e nesse caso não foi diferente. Penélope Cruz está muito bem como a protagonista que mantém um casamento infeliz com o propósito de realizar seu sonho de se tornar atriz. Mas o filme é mesmo de Lluís Homar, que traz uma humanidade palpável ao seu Harry Caine. No princípio podemos achar ele frio e superficial, mas à medida que conhecemos o seu passado, vemos o que o levou a ser assim. E ao mesmo tempo que aqueles acontecimentos foram a causa de seu isolamento do mundo, eles também serão sua porta para a salvação.
Com diálogos sempre irreverentes e atores com experiência em trabalhar com o texto do espanhol, o filme se desenvolve muito bem e nem parece ter as 2 horas de projeção que possui. “Abraços Partidos” é uma jornada pelas lembranças dolorosas de alguém que perdeu as coisas que mais amava, mas ao mesmo tempo é a superação de aprender a viver em busca de novos amores.
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