Fui ao cinema em Outubro de 2002 com muitas expectativas para assitir “A Identidade Bourne”, afinal era o novo projeto do diretor Doug Liman (diretor de “Go – Vamos Nessa”) e da atriz Franka Potente (a Lola de “Corra Lola, Corra”), e no final da sessão saí meio decepcionado, tinha achado o filme bem irregular, com somente uma sequência digna de elogios (uma perseguição de carros em Paris), mas não digno de recomedação. Tanto que, com a chegada de “A Supremacia Bourne” aos cinemas em 2004, nem me dei ao trabalho de ir ao cinema conferir, apesar da mudança de diretor, e esperei
seu lançamento em DVD. Mas qual foi minha surpresa ao perceber que este era bem superior ao anterior, talvez com um problema na sua edição muito frenética, mas bem mais envolvente e construído que o primeiro, e com uma sequência final nas ruas de Moscou, que considero a melhor perseguição de carros dos filmes que já assisti. Então, agora, em 2007, “O Ultimato Bourne ” chega aos cinemas, e fui, sem a empolgação da primeira vez, tampouco com a desconfiança da segunda, e me deparo com um grande filme, que fecha a trilogia de Jason Bourne com chave de ouro.
Essa foi a primeira vez em que acompanhei uma trilogia em que a qualidade dos filmes segue uma escala gradual de melhora, geralmente, não há história pra sustentar tantos filmes, mas, pelo que parece, guardaram o melhor para o final. Este filme fecha, enfim, todas as pontas soltas que vinham desde a primeira aventura, o que comprova que “A Identidade Bourne” não foi um filme feito para existir sozinho. Visto como primeira parte de uma trilogia, ele se torna bem mais satisfatório e eficiente, o que não deixa de ser uma falha, mas que é de certo modo, amenizada.
A ação é de primeira linha, apesar do diretor Paul Greengass insistir nos cortes excessivos que já tinham permeado o segundo filme, mas aqui eles não incomodam tanto. Tudo começa com um jogo de gato e rato extremamente tenso na estação de Warterloo em Londres, passa pelas ruas e tetos da cidade de Tangier, no Marrocos, e se finaliza com aquilo pelo qual a série ficou conhecida por fazer de melhor: uma perseguição de carros fantástica nas ruas de Nova York. “O Ultimato Bourne” é o filme de ação mais satisfatório do ano de 2007, consegue mais tensão e adrenalina do que a piada em forma de celulóide “Transformers” jamais sonhou em ter, e vendo o que vem pela frente, acho difícil ele perder esse posto. Jason Bourne concluiu sua jornada, e vai deixar saudades.
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